domingo, outubro 27, 2013

Talvez

Talvez nada disso tenha acontecido realmente. Espero! Mas, se realmente ocorreu, espero que não tenha sido tão sofrido e desgastante. Cada minuto de vida cria mais dúvida sobre o que aconteceu. Nesse momento, não sei se estou dormindo ou acordado. Pode ser mais um daqueles sonhos malucos no qual somos alguma coisa em lugar algum fazendo qualquer loucura que ninguém vai explicar. Nem você mesmo. Talvez seja mais um daqueles sonhos que acordamos e ainda assim continuamos nele e nunca saberemos quando estamos acordados. Seria um desses momentos onde vivemos um déjà vu por segundo. Sem saber explicar nada, e sempre tendo a sensação de que já vivemos tudo mas com a certeza que não. Talvez eu esteja drogado ou bêbado escrevendo isso. Porém, talvez seja.

segunda-feira, setembro 23, 2013

Nossos segredos

Todos os segredos foram guardados. Serão levados onde minha alma for. Céu ou inferno. Das mais belas lembranças que tenho de nós dois aos momentos infelizes. Das nossas virtudes e maiores pecados. Tudo está guardado. 
Mas você se foi e ficou tudo comigo. Tornou-se meu dever guardar tuas memórias. Penso -às vezes- que não suporto tudo isso. por isso, levo tudo ao seu túmulo, junto à minha alma dilacerada. Partirei não sei pra onde. O mais provável é o inferno - embora já viva em um - . Só espero te encontrar por lá, e reviver nossas lembranças. Nossos pecados.

sábado, maio 25, 2013

Mazelas

Mais uma de suas paixões. Paixões estas que o apunhalavam. 
Recordava das noites frias ao lado de uma lareira, ao som de um piano desafinado e um bom vinho barato.
Noites que o fizeram feliz, mas que, recordá-las dilacerava seu coração tal como um abutre devora um cadáver putrificado. Seu hobbie agora, era de esconder seus sentimentos. Escondia sorrisos e lágrimas. Não confiava ao menos na própria sombra. Sentia repúdio ao mundo. E continuava vivendo. Solitário. Em seu quarto. Trancado em seu próprio mundo. Suas companhias agora eram livros empoeirados e qualquer coisa que pudesse mantê-lo longe da sobriedade.

sábado, abril 20, 2013

Tempestade




Neste momento, a mente se encontra cercada de nuvens negras carregadas de tempestades capazes de destruir fortalezas. Os demônios dentro de mim, empurram minha alma perante um abismo sem fim, tentando me fazer desistir. 
Mas, indo ao encontro de alguém que não sei bem ao certo quem ou o que é, sinto uma felicidade coberta por uma imensa paz, igual a uma criança que corre sob uma chuva de verão.
Após a chuva, vão-se as nuvens e com elas os pesadelos. Os demônios são exorcizados e mandados de volta para suas jaulas. E daí, vem a calmaria depois da tempestade.

terça-feira, janeiro 29, 2013

Romance de bar




Conheceram-se num barzinho de esquina em meio a uma madrugada chuvosa. Tudo corria pra um romance daqueles que vemos em filmes antigos. Romance perfeito, casal perfeito. Mas veio a insegurança e a falta de autoconfiança. Cada um em seu lado agora. E ele sempre lembrava dos momentos felizes antes de dormir. Ela. porém, já tinha um novo romance de bar.

domingo, janeiro 20, 2013

Um pouco de mim - Desabafo

É preciso praticar um pouco de desapego a esses humanos. Pior dos animais. Praticam a carnificina da alma alheia. Relacionamentos - seja de qualquer tipo - podem fazer isso. Ferimentos internos que nunca serão cicatrizados, talvez esquecidos, mas que, um dia, será lembrado e voltará a doer. Dores que vêm de todos os círculos. A pior de todas as dores é perceber que a pessoa que te gerou, conhece-te menos que aquele amigo que conhecestes na praça tomando vinho. Não percebe tuas angustias e necessidades, e quando precisas não tem sua confiança. É a família. 
De não saber domar a língua ( essa maldita que só faz merda em companhia de um cérebro agitado e ansioso) machuca inconscientemente.Não tenho essas intenções (não na maioria das vezes). Sei que sou uma pessoa má. O mundo me fez assim. As situações me fizeram assim, Simplismente não posso agradar a todos nem posar de santo recalcado numa familia grande e feliz. Desculpa sociedade,

Desejos







Escrevia seu diário com o zelo que uma mãe cuida de seu filho. Lá, postou seus sentimentos mais profundos a respeito de sua mísera existência terrena e tudo o que sua pobre e maldita alma viveu numa vida morta. Deitava todas as noites imaginando que o outro dia seria melhor. Seus, dias sempre inglórios, de cuidar de uma cozinha engordurada e alimentar um marido que parecia um javali. Seu maior desejo era ir embora. Possuía uma beleza incrível. Odiava os homens. Até o dia que, na fila do supermercado, conheceu uma mulher com desejos iguais aos seus, e nunca retornou ao seu imprestável marido.