sábado, dezembro 31, 2011



Posso engordar, parar de ficar exposto ao sol, esbranquecer. Esquecer-me do mundo lá fora.
Mas continuarei postando textos maravilhosos. Não precisarei de nudez ou xingamento para fazer meus posts. Não tenho textos prontos todos os dias, mas os que pouco publico são suficiente para mostrar meu talento.
Não tenho milhares de textos idiotas e sem conteúdo!
Desejo um FELIZ 2012  à todos os meus leitores, amigos, inimigos. Que em 2012 venha mais inspiração! 
E por agora é só! Felicidades!

terça-feira, dezembro 20, 2011




Garotinha ingênua aos nossos olhos, nunca percebemos quem realmente era. Singela e aparentemente pura.
Mas o tempo foi mostrando sua insanidade. Mostrou que suportava os venenos mais amargos, e as feridas mais dolorosas. Não tinha mais fragilidade, nem um coração de cera, que derretia igual vela acesa.
Muitos achavam que não tinha mais um coração. Mas guardava-o ao lado de sua cama, em cima do criado-mudo, num vidro de formol.
Parou de se preocupar com o que suas vizinhas beatas e putas falavam ao seu respeito. Não quis saber da hipocrisia. Ao contrario, tomou seu destino, rumo a lugar algum em companhia nenhuma, numa longa jornada ao nada para descobrir quem ou o que era. Fortaleceu cada dia mais.
E dessa viagem, voltou irreconhecível, mais linda e determinada. Chamaram-na de prostituta. Inveja. Inveja de não terem a liberdade de poder ser o que realmente quer, por mero capricho de uma sociedade imunda ou de alguma religião qualquer. Não se deteve em satisfazer as necessidades alheias, mas as suas.
Apenas viveu intensamente e não se deixou derrotar.

sexta-feira, dezembro 02, 2011



Fui da santidade à perdição, com a mesma rapidez que uma águia pega sua presa. Fui adquirindo novos sonhos e deixando os passados, aprendendo. Deixei várias coisas caírem num esquecimento eterno, mas guardo outras com o mesmo zelo que um cão fiel zela por seu dono.
Mas essa tal moça chamada ingenuidade não me cai bem, prefiro ser amante de uma prostituta chamada Perdição, pois, essa sim, me dá toda a atenção e me entende em todos os momentos, me repreende quando necessário, mas nunca me priva da felicidade ou de mim mesmo. As vezes acho que essa moça, anteriormente citada, já deve ter sido assassinada por alguém, talvez dentro de alguma igreja ou orfanato. Outros ainda preferem fingir que a tem, mas tudo é pura ipocrisia. Eles recriminam minha amante, mas com vontade de amá-la da mesma forma que eu. E todos podem amá-la.