quarta-feira, dezembro 26, 2012
Infância
domingo, novembro 25, 2012
Vampire
Uma moça solitária. Não tinha parentes nem amigos. Deslocada de uma realidade que não a cabia. Todas as noites, vestia seu corpo e sua alma, das sombras que a cercavam. Seus lábios rubros como o sangue, contrastavam com a palidez de sua pele incorrupta pelo tempo. Seu hobbie era seduzir, nos bares ou nas ruas, aqueles que a atraíam. Havia necessidade de se alimentar, e procurava os mais robustos e saudáveis. Levava-os pelos becos. Às vezes, não precisava se esforçar muito para ganhar seu jantar, já que possuía uma beleza incomparável. Não foi a vida que desejou, mas, uma consequência do que viveu. Dilacerando o pescoço cheio de músculos, alimentava sua alma sombria, com a mais pura e rubra proteína, que jorrava no rítimo acelerado dos batimentos cardíacos do rapaz, pobre rapaz. Saciada de sua fome secular, volta à sua cela particular, para dormir, e continuar sobrevivendo tirando vidas mesquinhas e medíocres, que agora, jazem em profunda paz.
terça-feira, novembro 20, 2012
Suicide
Eram apenas bons amigos. Amigos para tudo. Em algum dia qualquer de uma vida medíocre, resolveram se encontrar. Em alguma casa de algum dos dois. Lamentaram-se um ao outro. Seus problemas. A vida que os levavam. E foi a última dose de lágrimas, num mortal drink envenenado. Uma ação lenta em suas artérias, que levavam o líquido a fluir por todo o corpo. Olhando-se nos olhos um do outro, observando o dilatar da pupila, e, em suas últimas palavras, despediram-se para partir juntos.
terça-feira, outubro 02, 2012
Ela entrou pela porta semi-aberta. Uma dama
formosa de lindos olhos claros e longos e negros cabelos. De uma silhueta q
causaria uma inveja mortal a qualquer mulher q cruzasse seu caminho. Seus olhos
carregavam um certo assombro, e suas mãos estavam embebidas de sangue. Acabara
de tirar deste terrível plano, sua amável irmã, mas não tomara consciência do q
acabara de fazer. Sua fisionomia era de quem não estava presente àquela
situação. Mais parecia que sua alma havia descolado do corpo.
Por um momento,
podia-se pensar que havia partido junto de sua irmã, mas estava ali. Seu rosto,
iluminado pela lareira, revelava uma moça pura e perversa, com uma
agressividade inimaginável em seu semblante. E, de um repentino susto, despertou
como se acorda de um pesadelo, e com um ar mais que espantada, observava, com
lágrimas nos olhos de esmeralda, suas rubras mãos ensangüentadas. Lembrara
agora, em sua plena consciência, o que havia acontecido. Do crime horrendo q
acabara de cometer. Não era exatamente ela quem havia cometido tal ato, mas,
alguém que possuía domínio por suas forças, alguém chamada Sarah.
Sua outra face
revelava-se mais uma vez, e desta, levara sua querida irmã, tão linda quanto
ela. Não suportava mais servir de fantoche
para os sádicos divertimentos de Sarah, então, decidiu por um fim nisto.
Dirigiu-se à despensa empoeirada da cozinha, e tomou em mãos um vidro escuro,
no qual havia um aviso de perigo. Tomou alguns goles indigestos. Sentia uma
breve agonia e um posterior descanso eterno, no qual, Sarah não seria mais sua
ama.
quinta-feira, setembro 27, 2012
terça-feira, setembro 11, 2012
Oh, Lilith
"Fui criando e escravizando
- sigam-me, e diminuam-se - "
Assim ele fez,
mas suas criaturas devanearam-se
demônios [?] criados
não com essa intenção
Assim foi feito com tantos
À sua imagem, ou não
mas todos por sua mão
Que bela mulher,
que não quis ser usada
tristeza de Adão
e a criatura de luz,
por ela enfeitiçada,
tornou-se sombrio.
Vingança declarada
aos malditos pecadores
fruto do pecado,
deixados levar por um estranho,
seus pais se auto amaldiçoaram
E a trágica e feliz história de amor
quinta-feira, setembro 06, 2012
Inferno [?]
Cigarros escondidos
vinho barato
pensamentos insanos
solidão oculta.
Um inferno se forma.
Ah, doce inferno.
De vidas desfolhadas
artérias pulsantes
com sangue corrompido
encarando as negligências
percebendo as falhas
deixadas nos rabiscos do passado
mas, sempre ficarão tatuadas
nunca esquecidas.
@IndieSemNome
sexta-feira, junho 01, 2012
Metamorfose
Por quantas outras mortes passaremos? Já se foram tantas em nossa vida. Desde o momento em que nascemos, já começamos a morrer. A cada fase morremos e tornamos a nascer, num ciclo que só termina com a última morte.
Como a borboleta, que vai do ovo à um adulto, passando por suas mortes nascendo em outra forma.
A cada tempo morremos para nascer novamente, e, assim, a cada metamorfose, vamos nos tornando outros, através da morte daquele que fomos um dia.
sexta-feira, maio 18, 2012
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