terça-feira, outubro 02, 2012






    Ela entrou pela porta semi-aberta. Uma dama formosa de lindos olhos claros e longos e negros cabelos. De uma silhueta q causaria uma inveja mortal a qualquer mulher q cruzasse seu caminho. Seus olhos carregavam um certo assombro, e suas mãos estavam embebidas de sangue. Acabara de tirar deste terrível plano, sua amável irmã, mas não tomara consciência do q acabara de fazer. Sua fisionomia era de quem não estava presente àquela situação. Mais parecia que sua alma havia descolado do corpo.
Por um momento, podia-se pensar que havia partido junto de sua irmã, mas estava ali. Seu rosto, iluminado pela lareira, revelava uma moça pura e perversa, com uma agressividade inimaginável em seu semblante. E, de um repentino susto, despertou como se acorda de um pesadelo, e com um ar mais que espantada, observava, com lágrimas nos olhos de esmeralda, suas rubras mãos ensangüentadas. Lembrara agora, em sua plena consciência, o que havia acontecido. Do crime horrendo q acabara de cometer. Não era exatamente ela quem havia cometido tal ato, mas, alguém que possuía domínio por suas forças, alguém chamada Sarah.
Sua outra face revelava-se mais uma vez, e desta, levara sua querida irmã, tão linda quanto ela.  Não suportava mais servir de fantoche para os sádicos divertimentos de Sarah, então, decidiu por um fim nisto. Dirigiu-se à despensa empoeirada da cozinha, e tomou em mãos um vidro escuro, no qual havia um aviso de perigo. Tomou alguns goles indigestos. Sentia uma breve agonia e um posterior descanso eterno, no qual, Sarah não seria mais sua ama.

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