Ela entrou pela porta semi-aberta. Uma dama
formosa de lindos olhos claros e longos e negros cabelos. De uma silhueta q
causaria uma inveja mortal a qualquer mulher q cruzasse seu caminho. Seus olhos
carregavam um certo assombro, e suas mãos estavam embebidas de sangue. Acabara
de tirar deste terrível plano, sua amável irmã, mas não tomara consciência do q
acabara de fazer. Sua fisionomia era de quem não estava presente àquela
situação. Mais parecia que sua alma havia descolado do corpo.
Por um momento,
podia-se pensar que havia partido junto de sua irmã, mas estava ali. Seu rosto,
iluminado pela lareira, revelava uma moça pura e perversa, com uma
agressividade inimaginável em seu semblante. E, de um repentino susto, despertou
como se acorda de um pesadelo, e com um ar mais que espantada, observava, com
lágrimas nos olhos de esmeralda, suas rubras mãos ensangüentadas. Lembrara
agora, em sua plena consciência, o que havia acontecido. Do crime horrendo q
acabara de cometer. Não era exatamente ela quem havia cometido tal ato, mas,
alguém que possuía domínio por suas forças, alguém chamada Sarah.
Sua outra face
revelava-se mais uma vez, e desta, levara sua querida irmã, tão linda quanto
ela. Não suportava mais servir de fantoche
para os sádicos divertimentos de Sarah, então, decidiu por um fim nisto.
Dirigiu-se à despensa empoeirada da cozinha, e tomou em mãos um vidro escuro,
no qual havia um aviso de perigo. Tomou alguns goles indigestos. Sentia uma
breve agonia e um posterior descanso eterno, no qual, Sarah não seria mais sua
ama.
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